O trabalho digno não pressupõe apenas remuneração. Deve permitir aos trabalhadores períodos de descanso durante o dia e a semana, deve acrescentar algo ao conhecimento desses trabalhadores. E deve se estabelecer a partir de uma autêntica relação de custo/benefício para o cliente, eliminando o apêlo sentimentalista.
É desejável que, através de outros programas, sejam oferecidos a esses trabalhadores cursos para aumentar a capacitação profissional em várias áreas. E que assim eles possam pensar em um emprego melhor no futuro.
Na visão ligada a esta proposta, não basta procurar alguma fonte de renda para o carente. É importante que ele entenda que o trabalho precisa representar mais do que uma forma de sobrevivência imediata. Precisa também aumentar os horizontes pessoais, melhorar as condições de vida.
Por menos compensador que pareça o esforço pelo trabalho em alguns casos, deve-se considerar o ganho que esta condição - de trabalhador - representa do ponto de vista psicológico, emocional. E, numa escala maior, o aumento de trabalhadores regularmente remunerados deve dinamizar a circulação de dinheiro na Sociedade e, como conseqüência, melhorar as condições econômicas como um todo.
Nenhuma pessoa deve ser desconsiderada em seu potencial de mudanças a partir de seu próprio esforço, com respectivo retorno tanto para a pessoa como para toda a Sociedade. É neste sentido que se deve empreender no engajamento de mais e mais pessoas numa rotina de trabalho.
Ficaria muito difícil falar de propósito de mudança de vida e oportunidade de ascenção pessoal sem falar de trabalho.